booboo

Páginas

Mostrando postagens com marcador Desafios. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Desafios. Mostrar todas as postagens

sábado, 26 de março de 2011

Cara Nova

Olá amigo(a) visitante,

É um prazer tê-lo neste humilde blog, que outrora fora hospedado no Fubeca. O Fubeca é uma rede social de alunos da Universidade Federal do ABC (UFABC) e, coincidentemente ou não, um anagrama do acrônimo da Instituição. Fubeca também é uma designação comum à bolinhas de gude.

FUBECA - A Rede Social da UFABC
O Fubeca foi o estopim motivador para que o Blog "Os Retóricos" fosse finalmente criado, já que é um centro agregador de ideias e de blogs, onde os alunos podem facilmente criar os seus próprios e expor seu conteúdo. E esse post tem como um dos objetivos agradecer ao excelente incubador de blogs, o Fubeca, e seu grande idealizador, cheio de ideias, Wesley Oliveira.

Outro objetivo é formalizar que ganhamos uma "cara" nova de Blog. Espero que gostem. Agora só precisamos juntar a regularidade e vontade para gerar conteúdos bacanas! Preciso ressaltar que ter uma cara nova não significa ter um ROSTO MAIS BONITO, mas pode apenas ser a EXPRESSÃO DA VONTADE DE AGIR DIFERENTE. E a partir de agora queremos postar com mais frequência aqui.

Uma nova cara não significa necessariamente ter um rosto mais bonito.

O que somos


Somos um grupo de pessoas empenhadas em transmitir e reproduzir qualquer conteúdo que julgamos artístico, mesmo que ele seja implícito, ou imperceptível - podem estar em desenhos, animações, filmes, músicas, fotografias, vídeos, jogos, blogs, etc. Alguns de nós pertencem ao Grupo de Letras da UFABC, outros são programadores, outros desenhistas, outros escritores, sendo que nenhum deles se limita a somente uma das categorias mencionadas.

Queremos também compartilhar formas e dicas que podem nos ajudar a melhorar nossa capacidade comunicativa, como a fala ou a escrita, melhorando nossa capacidade retórica. Por isso divulgamos o conteúdo de blogs que possuem assuntos criativos, atraentes, principalmente os que são originais.

Desafios


Eu acredito, e isso é muito perceptível, que poucos gostam de criar. Ou até gostam, mas há fatores que limitam a possibilidade de criar. Tempo, vontade, twitter, etc. Consumir conteúdo é muito mais fácil e muitas vezes mais divertido, mais interessante.

Mas como consumir conteúdo se não houver quem crie?
Como criar se não houver quem incentive?
Como incentivar se não houver um time?

Por isso convidei um time para colaborar na manutenção deste Blog.  E pretendo fazer desafios e ser desafiado para a criação de posts. Porque quando um desafio é criado, um comprometimento é automaticamente estabelecido.

O alcance dessas metas independem da cara, do externo, do rosto, pois isso de nada vale se o conteúdo é nulo. Saiamos portanto da nulidade criativa e preocupemo-nos com o que vestir depois!

Abraços,

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Toc, Toc

Sobre um vizinho, cujo nome não sei:
"Toc, toc". Alguém bate na porta. Insiste em bater e ele não vai atender.
"Toc, toc". "Não vou abrir", ele pensa, "devem ser as Testemunhas de Jeová", vou esperar mais um pouco. E eis que novamente a madeira da porta vibra com as batidas fortes que são contra ela lançadas.
"Toc, toc". "Pela insistência, deve ser minha ex-mulher, querendo pegar um dos meus pertences, que ela acredita ser dela".
A porta para, e ele olha pelo olho mágico: não vê ninguém. Abre a porta lentamente, com medo de algum golpe supresa de sequestradores experientes. "Se eles quiserem meu dinheiro, terão de primeiro sentir o gostinho de meus golpes de karatê", ele deve pensar, e abre a porta com uma cautela entediante e, quando não vê ninguém fecha-a depressa, conta de um até dez, em japonês, certamente praticando os golpes que outrora aprendera e imaginando o que faria se o sequestrador não tivesse perdido a paciência e saído de sua porta.
No cinco, ouve a porta bater: "toc". Agora estava em dúvida se tinha pisado muito forte nos tacos da sala, se voltaram à sua porta, ou se o sequestrador havia entrado em sua casa. Por isso ficava imóvel, em absoluto silêncio, esperando ouvir de novo o barulho alienígena de fontes desconhecidas que tanto transtorno lhe causava.
As janelas estavam fechadas, e a do banheiro era pequena demais para alguém passar. Talvez um rato tivesse entrado em casa, ou algum animal maior. Por isso ia se esgueirando para a cozinha, para garantir que, em silêncio, pegaria a vassoura e aniquilaria o hóspede indesejado.

E então se passavam os dias, confinado em sua casa e mente, por centenas de dias a fio, sem ver a cor do céu. Suprido de alimentos e roupas desnecessárias por familiares que não faziam mais do que cumprir sua função social. Abrindo e fechando a porta várias vezes por semana.

E assim foi durante meses, até que eu e minha família desistimos do inquilino desconhecido. E ele foi consumido por sua compulsão, por sua angústia, transtornado pela porta que insitia em bater. E dessa forma ele definhava.

Sem conseguir solucionar o enigma que o rodeava, o indivíduo perecia, e apenas quando o condomínio decidiu trocar os portões que não se fechavam, é que pudemos ver a face magra e pálida do homem. E tudo porque lhe faltava segurança, algo ou alguém que garantisse que o desconhecido não invadiria seu espaço.

Ele já não ouvia mais o "toc, toc" que lhe incomodara por anos.

E em todo esse tempo, a única pessoa que eu ouvi bater à porta fui eu mesmo, e eu só queria fazer do copo de açúcar um pretexto para dar boas vindas para este novo vizinho. Mas eu batia à sua porta e ele demorava a aparecer. Enquanto que, por outro lado, sua familia abria a porta sem bater, com uma cópia da chave que tinha.

Se alguém batia em alguma coisa, era a sua obsessão que batia em sua cabeça, e "toc, toc" fazia.

E agora que o portão protege sua porta do barulho, ele pode descobrir qual dos tacos de sua casa perturbam seu caminhar, e em qual de seus aposentos aqueles malditos roedores se escondem.